O pai do EVP sigla em inglês para (electronic voice phenomena), foi o psicólogo e filosofo Konstantin Raudive, falecido em 1987, foi o detentor de uma coleção de 72 mil vozes gravadas do além.
Konstantin nasceu em 1909 na Letônia, foi psicólogo, aluno de Jung, escritor e professor universitário.
Dedicou a sua vida a parapsicologia e seu interesse na vida após a morte e ao fenômeno da voz eletrônica.
Em 1964 Konstantin leu um livro chamado vozes do espaço, sem tradução para a língua portuguesa, que o deixou fascinado, ao ponto de marcar no ano seguinte um encontro com o autor.
Nascia ali o fenômeno da voz eletrônica de fato, Konstantin e Friedrich Jürgenson autor do livro, começaram o trabalho de tentar se comunicar e catalogar as vozes, as primeiras gravações eram desanimadoras, mas eles não desistiram, até que chegaram a uma fita cassete, com várias vozes.
Para a nova geração dos meios digitais, vou explicar rapidamente o que é uma fita cassete: A fita cassete ou cassete áudio, compact cassette ou simplesmente cassete é um padrão de fita magnética para gravação de áudio lançado oficialmente em 1963, invenção da empresa holandesa Philips. Em português, também é abreviado como K7.
Essa fita continha várias vozes, fracas e distantes, mas ouvindo várias e várias vezes, perceberam que estavam lidando com vozes em vários idiomas, mas uma em especial foi possível de ser traduzida por Konstantin era a voz de uma mulher que falou em francês “vá dormir Margaret”.
Essa fita foi o impulso para Konstantin seguir adiante e gravar mais de 100 mil fitas, com a ajuda de especialistas em áudio e eletrônica, onde ele sempre deixou bem claro que usou dos métodos científicos mais rigorosos.
400 pessoas trabalharam com ele nesse projeto que durou 10 anos e rendeu o livro publicado em 1968 (o que é inaudível, torna-se audível) sem tradução para o português.
Agora vamos listar aqui o métodos usados por ele naquela época:
Vozes de microfone: basta deixar o gravador ligado, sem ninguém falar; ele indicou que se pode até desconectar o microfone.
Vozes de rádio: grava-se o ruído branco de um rádio que não está sintonizado em nenhuma estação.
Vozes de diodo: grava-se a partir do que é essencialmente um conjunto de cristal não sintonizado em uma estação.
O segundo é muito conhecido hoje, mas vamos falar dele em detalhes daqui a pouco, antes vamos falar de outros casos famosos de EVP, um deles aconteceu dentro da igreja católica.
O ano era 1952, um frade franciscano chamado Agostino Ernetti, acompanhado de outro frade o Pellegrino Gemelli estavam copiando Cantos Gregorianos em um gravador de rolo, para os millenials o gravador de rolo e a mesma coisa da fita K7, só que com muito mais tempo de gravação só que com o tamanho de um disco de pizza.
Eles estavam lá fazendo essa gravação, quando a fita estourou Gemelli olhou para o céu e, em tom de brincadeira, pediu ajuda a seu pai. Mais tarde, no meio das músicas, escutaram a voz do pai de Gemelli dizendo: “Certo, vou ajudá-lo. Estou sempre com você”. Chocados, eles repetiram o experimento, e a mesma voz disse: “Zucchini, é claro, você não sabe que sou eu?”. Zucchini era o apelido de criança de Gemelli e ninguém, além dele próprio e do pai, sabia os dois contaram a história ao papa Pio XII, mas o caso só veio à tona em 1994, pouco antes de Ernetti morrer.
Outras pessoas, que também nunca procuraram falar com os mortos, também foram pegas de surpresa, uma delas é o produtor Friedrich Jürgenson, sua especialidade era gravar sons em alta definição para serem usados como efeitos sonoros e em filmes, estava no ano de 1959, gravando sons de pássaros na floresta, quando teve a nítida certeza de ter ouvido a voz de sua mãe: “Friedrich, você está sendo observado. Friedel, meu pequeno Friedel, você pode me ouvir?”. Isso foi tão impressionante para ele que passou os anos seguintes, gravando e catalogando as vozes do além, e acabou se tornando uma referência na área.
Na tentativa de se comunicar com os mortos já foi usado de tudo o que se possa imaginar, TVs antigas colocadas em canais fora do ar, com estática, celulares, gravadores de fita cassete, aparelhos de fax, telefone celular, babas eletrônicas.
Mas não pensem que no meio espírita e no meio dos estudos paranormais haja um consenso sobre o EVP, muito pelo contrário, existe na verdade duas vertentes a de apoiadores e a de detratores, uma briga bem dividida.
Os apoiadores acreditam que realmente é possível a comunicação com os espíritos através de aparelhos eletrônicos de áudio ou de vídeo, já os detratores acreditam que não passe de uma pareidolia auditiva, misturada com o imenso desejo de ouvir algo do outro lado, ou de alguém que amamos muito e já partiu. Já alguns cientistas chamam de manifestações de apofonia (percepção de padrões ou de informação em ruídos aleatórios), artefatos criados pelos equipamentos de gravação, ou embustes.
Não será novidade para ninguém que a comunicação instrumental com os mortos, desagrada profundamente as duas principais religiões do nosso país, que nem precisamos aqui falar sobre elas, mas que fez com que o FVE, se colocado como algo satânico e vez de um processo científico que merece ser profundamente estudado.
O tempo passou a tecnologia avança a passos de gigante e como o fenômeno da voz eletrônica segue nos dias de hoje? Muitos aparelhos foram inventados ou modificados para serem usados exclusivamente para isso, e vamos falar de um bem famoso nos canais de caça fantasmas, o Spirit Box.
O Spirit Box, que existe a muito tempo, mas ficou famoso no Brasil, nas mãos de um grupo chamado de KBC, que começou no youtube com vídeos de comédia e hoje são um canal com milhares de seguidores, eles usam a caixa espiritual em todos os seus vídeos, mas quem a inventou e por que, isso nós vamos saber agora?
O spirit box tenho certeza de que a maioria esmagadora de nossos assinantes sabem o que é, mas para aqueles que não conhecem vamos explicar com detalhes, é um radio pequeno comum, com uma modificação no seus circuitos, ele não fixa em nenhuma rádio e fica sempre capitando ruido branco, é no espaço entre as rádios, no ruido branco que os espíritos se comunicam.
Ela foi criada no ano de 2002 por um homem chamado Frank Sumption, ele fez ao todo 180 dessas caixas, e não vendeu, ele distribuiu para aqueles que ele achava que eram merecedores ou estavam preparados para o seu invento, hoje se sabe o paradeiro de apenas 97 das caixas originais, o restante se perdeu para sempre.
A partir da ideia de Frank o spirit box evoluiu drasticamente antes um radio de pilha modificado, agora aparelhos feitos especificamente que permitem alternar a velocidade entre as trocas de rádios e não são mais analógicos, agora modelos digitais e até programas de última geração que apenas precisam de um celular moderno.
Uma curiosidade o filme Vozes do além, usou gravações reais de EVP no filme, esse filme de 2005, que fala de um homem que perde a sua esposa drasticamente, e começa a usar o EVP na esperança de conseguir falar com ela, teve EVPs reais usados na gravação, a confirmação desse fato pelos produtores, só foi revelada muito depois do filme ter sido lançado.
E aí o que vocês acharam, a comunicação com os mortos é possível, sim, não? Se é real devemos ou não falar com eles?
No podcast parainoisa.com você tem um bônus além de ouvir a nossa pesquisa sobre o fenômeno da voz eletrônica, vamos deixar para você um spirit box, feito por mim, com sistema digital de última geração que elimina o ruído branco, e deixa apenas as vozes do além.
Não se esqueça de nos seguir no youtube, Paranormal Attack, no Instagram @paranormalattack59.
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