Esse sem dúvida será o caso mais estranho já tratado aqui pelo Paranoia S/A e pela Paranormal Attack, porque não há como tratar com naturalidade um homem que teve seu corpo carbonizado mas manteve suas roupas e calçados intactos, é isso mesmo, intactos.

O caso que vamos analisar ocorreu na cidade de Pedro de Toledo um município com tamanho de vilarejo no próximo ao litoral sul de São Paulo, eu já estive nessa cidade por mais de uma vez, ela tem sua renda baseada no cultivo de banana, e o comercio se limita a praça da cidade.

É uma cidade extremamente pacata onde todos se conhecem e qualquer estranho que entra a cidade inteira fica sabendo em pouco tempo, as vezes que estive lá sempre me contaram sobre um crime passional que aconteceu a pelo menos uns 20 anos, mas é comentado com se tivesse acabado de ocorrer o que mostra o quanto a cidade é parada sem novidades, até o momento do ocorrido que vamos analisar agora.

A primeira coisa que devemos levar em consideração é que essa cidade é próxima as cidades de Peruíbe, Itanhaém, São Vicente e Santos, lugares que tem inúmeros relatos de avistamentos de luzes que fazem movimentos impossíveis para aeronaves, tanto comerciais como militares, o que já deixa uma pista do que pode ter acontecido.

Mas quem era esse homem, o que ele fazia em Pedro de Toledo, como ele vivia, isso nós vamos ver agora. Seu nome é José Marlone de Souza, foi para Pedro de Toledo em busca de emprego e encontrou o mais comum deles na região o de caseiro, pois boa parte dos sítios e casas que tem lá, são para fins de semana e férias.

O sítio onde José arrumou emprego se chamava Vale do Amanhecer e era um tipo de reserva ambiental, onde a função dele era evitar invasão e depredação, lá dentre os benefícios que ele tinha como caseiro, poderia ter uma pequena horta e criar alguns animais para seu consumo, e ele assim o fez.

Até aqui um homem comum, com um emprego simples tentando ganhar a vida, mas tudo mudou até um dia no mês de fevereiro no ano de 1994, como o lugar é muito afastado e José era instruído a não deixar o sítio sozinho por muito tempo, era comum que o dono do sítio passasse pelo menos uma vez por semana para ver como estavam as coisas e deixar alguns mantimentos para José, só que essa visita, não seria como as outras.

Nesse fatídico dia o proprietário gritou o nome de José da margem do córrego, sim tinha um rio estreito que separava o sitio do resto da cidade, mas era tão estreito que quase parecia um córrego e para atravessar tinha uma canoa presa a uma corda que tanto José como o dono lugar usavam para atravessar sentando na canoa e puxando a corda.

José não respondeu o que deixou o proprietário preocupado porque não era do feitio dele fazer isso, e a canoa estava no sítio e não na margem da cidade, por isso o patrão do José puxou a canoa com a corda e foi ver o que estava acontecendo.

Assim que atravessou já notou que as coisas não estavam certas, as galinhas todas sem exceção estavam mortas, e pior todas estavam carbonizadas, assim que viu aquilo foi direto ao casebre do José para exigir explicações, bateu na porta tentou entrar, estava trancado, começou a rodear o casebre para olhar pela janela, e o que viu lá dentro o deixou apavorado.

José estava caído no chão completamente carbonizado igual aos pobres animais espalhados pelo terreiro, mesmo aterrorizado e em choque teve forças para chamar a polícia, que quando chegou ao local, constatou que a porta e as janelas estavam fechadas por dentro.

A perícia foi chamada e descobriu que dentro da casa também tinham galinhas carbonizadas o que pode ter dado uma ideia de que josé viu algo que o assustou no lado de fora ao ponto de correr para dentro da casa e que as galinhas apavoradas o seguiram e algumas conseguiram entrar.

Foi também achado um cercado com três bezerros que tiveram a mesma sorte das galinhas e de José, em um ponto mais distante da casa foi encontrado os dois cães pertencentes a José que eram sua companhia e ajudavam a manter os ladrões de galinha longe, os pobres animais foram encontrados com vida e levados as pressas para o hospital veterinário, as únicas testemunhas do ocorrido não poderiam falar o que aconteceu lá´.

Um dos cães teve a sua pata derretida e o outro tinha ferimentos de queimadura tão profundos que os médicos veterinários viam os órgãos internos do cachorro, por mais que os médicos se esforçaram para salvar os pobres bichinhos o ferimentos e o trauma ao qual eles foram submetidos foi violento demais e eles não resistiram após poucos dias do resgate.

Um grande mistério ficou para a pericia da policia tentar explicar como os corpos de josé e dos animais sofreram uma temperatura equivalente a um crematório e a casa, roupas de José, moveis e o local onde os corpos foram encontrados estavam intactos, no máximo uma fuligem branca debaixo dos corpos ocasionada pelo corpo carbonizado, a polícia simplesmente não sabia explicar.

Outros detalhes importantes foram a ausência de cheiro de queimado tanto nos corpos como local e a ausência de qualquer comburente que pudesse ter sido usado para iniciar o fogo.

E a água que José que guardava em um garrafão dentro da casa para beber estava completamente podre como estivesse ali a anos e um detalhe que considero o mais importante de todos na camisa de José na altura do peito um pequeno triangulo queimado, sendo o único sinal de queimadura em toda a roupa dele, como se fosse um disparo.

A polícia tentou as hipóteses mais absurdas desde que foi um raio que fez isso a José e aos animais, que foi rapidamente descartada pelo absurdo que era, depois pensaram em uma descarga elétrica, mas não encontram fios soltos e nem curtos-circuitos e mesmo que pudesse ter sido um choque, José primeiro estava com o cabelo intacto, segundo os animais fora da casa, não levariam o choque e terceiro ele precisaria estar agarrado a um gerador de energia igual ao que vemos nos poste na rua e nisso roupas e cabelos seriam incinerados.

Após o óbito de José a polícia investigou a vida dele e do dono do sítio, já que o caso seria tratado como homicídio até que se pudesse provar o contrário, nisso a policia descobre que José era um foragido da justiça condenado pela morte do pai e cumpria pena no presidio do Ceara onde ele escapou, fugindo para o litoral de São Paulo e encontrando o esconderijo perfeito na pequena Pedro de Toledo.

A história de José ficou por um bom tempo escondida, mesmo sendo uma cidade que eu lembro muito bem que quando cheguei nela pela primeira vez o pneu do carro furou na entrada da cidade e fui atendido pelo único borracheiro da cidade toda e depois de resolver o meu problema quando cheguei ao meu destino, fiquei descobri que a cidade inteira em pouco minutos, já sabia quem eu era e quem eu ia visitar, chegando ao absurdo de que alguns moradores mandaram seus filhos saírem de bicicleta para avisar os vizinhos mais distantes da minha chegada, bom eu não sou ninguém importante e não tão pouco digno de nota, é que na cidade naquela época perto de 2003 eu era a única notícia nova em meses.

Contei tudo isso para poder explicar a minha curiosidade, como um acontecimento dessa magnitude acontece numa cidade que um reles estranho já deixa todo mundo atento, e num fato desses ninguém toca no assunto, nunca.

Mas de alguma forma alguns ufólogos ficaram sabendo desse relato que é pra dizer o mínimo impressionante, e como terá de se esperar foram para Pedro de Toledo e descobriram a localização do sítio, a intenção era fazer uma investigação na área, colher amostras de solo e fazer uma análise de radiação no tumulo da vítima, mas chegando lá tiveram uma surpresa, não havia corpo e nem tumulo, os restos mortais de José foram reivindicados pela UNICAMP, nossa área 51 brasileira, que anos depois voltaria a ser lembrada no caso Varginha.

Não foi somente o restos mortais de José que também sumiu, sua certidão de óbito também desapareceu, e nem precisamos falar sobre as carcaças do animais, com certeza devem estar na UNICAMP também.

E para fechar com chave de ouro esse caso, os documentos relativos ao crime de José desapareceram e o presidio que supostamente ele estava cumprindo pena afirma que ele nunca esteve lá, é no mínimo muito estranho tudo isso, e talvez a verdade sobre o que aconteceu com José e porque sua vida foi apagada depois do ocorrido, talvez nunca viremos a saber, ou quem sabe, os documentos são liberados daqui cem ou duzentos anos.