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As Bruxas de SALEM

“No creo en las brujas, pero existen, existen.”

Olá, amigos, da Paranormal Attack e do Paranoia S/A, estamos aqui mais uma vez para falar de bruxas, e como dizem os espanhóis “No creo en las brujas, pero existen, existen.”

Bom vamos ao que interessa, Salem é uma cidade costeira pertencente ao condado de Essex no estado de Massachusetts é uma cidade com uma população de 41,300 pessoas nos dias atuais, no ano de 1692 que foi o ano que começou a caça as bruxas em Salem acredita-se que havia no máximo umas 1500 pessoas, isso chutando alto, pois a população mundial só alcançou um bilhão de pessoas em 1850.

E como foi que começou essa caça as bruxas, o que foi o estopim dessa tragédia que já virou livro, filme, documentário, tudo o que possa imaginar.

Tudo começou com duas meninas Elizabeth Parris de nove anos e Abigail Williams de 11 anos, filha e sobrinha do reverendo Samuel Parris, como Salem era uma comunidade de puritanos, podemos dizer que o reverendo agia na comunidade como reverendo, juiz, júri e sentenciador, porque para os puritanos o reverendo era uma pessoa que tinha conhecimento profundo da palavra de Deus e assim poderia entender os sinais enviados pelo criador e fazer sua vontade na terra.

Samuel Parris

Agora voltando as crianças, elas estavam doentes sofrendo de alguma doença que o médico do vilarejo não conseguia descobrir o que é, e como estamos falando de 1692, é obvio que ele não vai admitir que as crianças estão com alguma coisa que foge ao conhecimento dele, por isso a maneira mais fácil de manter seu orgulho intacto e sua incompetência escondida é acusar alguém de bruxaria.

E como o reverendo tinha terras em Barbados onde plantava açúcar e algum tempo antes teve grande prejuízo por causa de um furacão ele voltou para os EUA e trouxe com ele sua escrava chamada Tituba, que foi acusada de imediato pelo médico de feito bruxaria contra as crianças para atingir o reverendo, com certeza alegando que era da natureza da mulher, já que os puritanos acreditam que todo aquele que não vive da forma como eles vivem, está em pecado e vai pro inferno.

gangorra

Assim a pobre Tituba sem entender o que estava acontecendo foi torturada para que confessasse que era adoradora do demônio e que queria matar as crianças, as crueldades feitas com ela foram tamanhas que ela confessou qualquer coisa que eles queriam e ainda acrescentou um outro nome, já que seus inquisidores tinham certeza que ela não agiu sozinha, foi ai que apareceu o nome de  Sarah Goode e  Sarah Osborne, elas foram condenadas por serem bruxas, e praticarem bruxaria contra o nobre povo de Salem, o que aconteceu com elas não pode ser dito no youtube, se não o canal sai do ar, mas a nível de curiosidade eu vou lhes contar uma das técnicas que os inquisidores usavam para saber se uma mulher acusada de bruxaria era ou não bruxa, essa técnica se encontra no manual do inquisidor chamado Malleus Madeficaram, traduzindo do latim o martelo das bruxas, nesse manual a técnica que vou descrever é a da gangorra, a possível bruxa era amarrada numa cadeira numa ponta de uma gangorra e mergulhada, em um lago, deixavam lá uns cinco minutos, e depois levantavam, se estivesse viva, iam queimá-la na fogueira pois é uma bruxa, se tivesse feito a passagem, era inocente e Deus a receberia no céu, para julgar seus pecados terrenos.

Voltando a inquisição de Salem, depois que essas três pobres almas foram condenadas sem direito a defesa, começou um pânico coletivo na comunidade e muitos adultos foram até as crianças para incentivá-las a revelar mais nomes de bruxas que estariam infiltradas na comunidade para destruir a fé dos puros.

As crianças gostaram de ser o centro das atenções, e não podemos culpá-las primeiro porque são crianças com a mente e o intelecto em construção e segundo elas nasceram dentro de um ambiente de fanatismo religioso onde os adultos lhe apoiavam nas acusações e diziam que elas falavam em nome de Deus.

Nessa loucura 150 homens e mulheres do vilarejo foram acusados de bruxaria incluindo uma criança de quatro anos de idade, que alguém com o mínimo de lucidez inocentou logo em seguida, mas infelizmente dessas 150 pessoas, vinte não tiveram a mesma sorte e foram condenadas por bruxaria.

Foram dezesseis meses de julgamento onde Parris sempre começava a sessão lendo um trecho da Bíblia[João 6:10] havia um [diabo] entre os 12 [discípulos]… e ele completava é nosso dever destruir as bruxas” outro detalhe desse julgamento ´que sempre que um acusado de bruxaria era alguém que ele não gostava, essa pessoa sempre acabava condenada, não importando quantas provas ou testemunhas tivessem a seu favor.

Essa loucura só teve fim em outubro de 1692, quando chegou aos ouvidos do governador de Massachusetts William Phipps, ficou sabendo que em Salem havia se instaurado um tribunal religioso e que vinte e três pessoas já tinham sido eliminadas por ordem do tribunal sobe alegação de bruxaria.

O governador imediatamente mandou um emissário a Salem dissolvendo as cortes religiosas e lhes retirando qualquer poder e no lugar delas instaurando a Corte Superior Judiciaria, que em seu primeiro ato, proibiu a aceitação e abertura de qualquer inquérito baseado em testemunho sensacionalista ou de cunho religioso.

Além de que ordenou soltar todos os acusados e deu perdão do governador a todos os que já estavam condenados à morte aguardando execução. E o reverendo Parris o que será que aconteceu com ele? Após a extinção do tribunal e o fim dos julgamentos a sua própria congregação que no começo o apoiava se virou contra ele e o acusou de participar dos julgamentos de forma tendenciosa, Parris se desculpou escrevendo um ensaio intitulado meditando sobre a paz, que ele publicou em novembro de 1694, mas um clérigo puritano chamado Aumentar Mather, foi em defesa dele e conseguiu que a questão fosse em definitivo enterrada.

Aumentar Mather

Muitos homens e principalmente mulheres foram acusados de bruxaria e queimados na fogueira ou enforcados, as acusações eram a mais absurdas, desde de possuir um gato preto, o que na época era considerado que os gatos eram mensageiros do demônio, e uma acusação pouco conhecida e demais absurda, se você fosse pobre e muito bonito e com a pele sem manchas ou marcas era considerado que você fez pacto com o demônio, pois naquela época não existiam cremes ou tratamentos de beleza e as doenças de pele corriam soltas, então ser belo demais era sinônimo de bruxaria.

Se você gostou da história de Salem e quiser saber mais sobre inquisição, bruxaria ou o período da história conhecido como o século que Deus esqueceu a humanidade, comente aqui no canal ou no site, nós lemos tudo.

Este post tem 2 comentários

  1. Osvaldo

    Boa noite muito legal a historia das bruxas de salem alias quantas historia mas existiram diante da tragedia da santa inquisição

    1. admin

      E de santa não tem nada…Forte abraço.

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